domingo, 27 de abril de 2014

Estimulação elétrica ajuda pacientes com lesão medular

 

Trabalho é desenvolvido no Laboratório de Biocibernética e Engenharia de Reabilitação
Nos últimos 25 anos, o professor Alberto Cliquet Junior, do Departamento de Engenharia Elétrica e de Computação da Escola de Engenharia de São Carlos da USP (EESC) da USP, dedica-se aos estudos para reabilitação de pacientes com lesão medular, paraplégicos e tetraplégicos, tornando possível, em alguns casos, o retorno dos movimentos voluntários nos membros inferiores e superiores.
O trabalho é desenvolvido no Laboratório de Biocibernética e Engenharia de Reabilitação (LABCIBER) da Escola de Engenharia de São Carlos (EESC) da USP e aplicado no Laboratório de Biomecânica e Reabilitação do Aparelho Locomotor do Hospital das Clínicas da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). A pesquisa consiste na tecnologia de Estimulação Elétrica Neuromuscular (EENM), que gera impulsos elétricos de baixa intensidade aplicados por eletrodos colocados sobre a pele do paciente e que estimulam o sistema nervoso.
A lesão medular afeta milhares de pessoas em todo o mundo e interfere em vários aspectos da vida social e profissional do paciente. “Após sofrer o trauma, a pessoa é acometida por uma interferência na comunicação do cérebro, que fornece a informação sensorial de dor, temperatura e propriocepção ao corpo”, explicou pesquisador.
Além disso, a falta de sensibilidade para movimentar-se resulta em outros prejuízos à saúde, como: obesidade, osteoporose, doenças cardiovasculares, infecções do trato urinário e diabetes.
Os eletrodos do equipamento são anexos, sem que haja qualquer tipo de intervenção cirúrgica, em pontos estratégicos dos membros superiores para gerar o movimento de esticar o braço e prender objetos com os dedos. Nos membros inferiores o objetivo é estimular a marcha artificial, que é um tipo de locomoção de padrão bípede reproduzido pelo sistema sensório-motor(percepção e reação) do corpo.
Após um período de tratamento, que pode variar de acordo com cada paciente, o processo pode gerar sensações e atos voluntários, isso porque, após a lesão medular causar uma falta ou interrupção de controle e comunicação do cérebro com todos os sistemas fisiológicos, a estimulação eletrônica é capaz ativar o Gerador de Padrão Central humano, o qual é uma cadeia de neurônios capaz de criar um padrão de movimento rítmico por si só, isto é, sem que seja necessária a interação de um controlador principal, como o cérebro.
Para os tetraplégicos a prática é aplicada nos membros inferiores por meio de uma tecnologia chamada de Suporte Parcial de Peso Corpóreo, que é associada à estimulação elétrica neuromuscular. Para os membros superiores utiliza-se um equipamento robótico que fica acoplado ao braço e também funciona combinado à estimulação.
Atualmente, usando essa tecnologia, o pesquisador consegue realizar o atendimento de um número limitado a 100 pacientes no Ambulatório de Reabilitação Raquimedular do Hospital das Clínicas (HC) da Unicamp. “Entre os voluntários que realizam o processo, 90% ficam em pé e andam artificialmente com os aparelhos e protocolos de estimulação neural, e cerca de 3% voltam a andar”, afirma Cliquet.
Os resultados indicam também que, ao ficar em pé e caminhar por meio do equipamento, os pacientes tiveram melhoria na função cardiopulmonar e a reversão da osteoporose, além de manterem a integridade das articulações.
Segundo o docente, alguns países desenvolvem ou já desenvolveram tecnologias para a reabilitação de lesados medulares baseando-se em outros estudos, mas o trabalho desenvolvido por Cliquet nos dois laboratórios é pioneiro no que diz respeito às pesquisas e ao atendimento ambulatorial dos pacientes.
A inovação tecnológica por meio de estimulação eletrônica é considerada muito promissora na área de engenharia de reabilitação, mérito reconhecido em convites feitos ao professor para participar em diversos congressos internacionais. Dentre as apresentações como palestrante convidado, destacam-se o 13º World Congress da International Society for Prosthetics and Orthotics (ISPO), em 2010, a 4º International Joint Conference on Biomedical Engineering Systems and Technologies (BIOSTEC), em 2011, o 11º Vienna International Workshop on Functional Electrical Stimulation (FES), em 2013, e a participação como presidente na 7º International Conference on Biomedical Electronics and Devices (Biodevices), ocorrida em março deste ano.
Para que a pesquisa seja ampliada e aplicada em outros centros e hospitais especializados em tratamento de pacientes com lesão medular ainda faltam investimentos. Hoje ela se mantém por meio de recursos de várias fontes para o desenvolvimento e aplicação, mas, segundo o docente, ainda é necessário que haja um maior reconhecimento das agências de fomento.
Por Keite Marques, da Assessoria de Comunicação da Escola de Engenharia de São Carlos
Matéria extraída de : http://www.usp.br/agen/?p=174145

sábado, 26 de abril de 2014

Tripofano ativa serotonina = a bebê feliz

Comer chocolate é prazeroso — disso nem consumidores nem cientistas discordam. Agora, pesquisadores finlandeses descobriram que o doce age como protetor contra o estresse em bebês que ainda não nasceram. Mães que haviam consumido chocolate diariamente durante a gravidez, tiveram bebês mais ativos e felizes aos seis meses –  o resultado foi medido de acordo com a frequência dos sorrisos das crianças. Em filhos de mães estressadas, o efeito foi ainda mais evidente.

O corpo precisa de uma série dos aminoácidos para favorecer a ação dos neurotransmissores (responsáveis pela comunicação entre as células nervosas). O triptofano, por exemplo, é um dos componentes que atuam  na ativação da serotonina, molécula envolvida na regulação do humor. Níveis baixos da substância podem abrir o caminho para o desenvolvimento de distúrbios como depressão e ansiedade. 

De fato, a administração de triptofano alivia sintomas depressivos. Quanto maior quantidade da substância no cérebro, mais serotonina é produzida. O aminoácido é encontrado em abundância na soja, castanha de caju e no pó de cacau não adoçado. No entanto, adicionar açúcar ao chocolate parece reforçar seus efeitos positivos. A mistura estimula o pâncreas  liberar insulina, facilitando o acesso do triptofano ao cérebro. Como resultado, os níves de serotonina aumentam e melhoram o humor.

Além do triptofano, os componentes anandamida e feniletilamina também aumentam o bem-estar. No entanto, a quantidade das substâncias presentes no chocolate são pequenas demais para ter um efeito perceptível. Os grãos de cacau contêm, ainda, cafeína, que provoca um efeito levemente estimulante e melhoram o ânimo.

No entanto, o psicólogo Peter Rodgers, da Universidade de Bristol, acredita que o desejo por comer chocolate, provavelmente, está muito mais ligado à psicologia alimentar do que às suas ações benéficas ao organismo: a substância parece não ter o mesmo efeito sobre o humor quando absorvidas de outros alimentos. O cientista acredita que a combinação entre o açúcar e a gordura presentes no doce (fonte de energia para o cérebro), têm um papel importante na sensação de prazer. Estudos demonstram que basta a visualização de uma barra de chocolate para ativar o sistema de recompensa cerebral. 

Além disso, aprendemos a nos premiar ou nos consolar com o chocolate. Se a sensação de “felicidade” surge ao comê-lo, ela pode estar associado às nossas expectativas. No entanto, comer alimentos ricos em acúcar com frequência, pode acarretar uma série de consequências menos positivas, como sobrepeso e a diabetes. Em longo prazo e, associados a um estilo de vida sedentário, a gordura e o açúcar presentes no chocolate podem representar um importante fator de risco para a saúde e o bem-estar.

Matéria extraída de: http://www2.uol.com.br/vivermente/artigos/efeito_protetor_do_chocolate.html

quarta-feira, 5 de março de 2014

Meditação: um reset para seu cérebro.

         A prática da meditação consiste em imobilizar o pensamento, permitindo assim ao cérebro descansar e aliviar o estresse do dia a dia. Não é um processo de exclusão e sim de inclusão, pensamentos inevitáveis, barulhos sejam de pássaros, vento, crianças gritando, "meditar é integrar - se ao todo é observar o próprio meditador".
         Cientificamente foram comprovados efeitos surpreendentes que a meditação causa como o alívio a dor, aumento da capacidade de atenção, melhora o sistema imunológico e é durante a meditação a maior conexão entre o corpo e a mente.
          Cientistas analisaram estudos realizados em 2010 um na Universidade de Oregon (EUA) com 45 estudantes e outo da Universidade de Tecnologia de Dalian (China) com 68 estudantes, foi observado que após duas semanas de meditação eles apresentaram aumento na densidade dos axônios no cérebro. Após um mês ( um total de 11 horas de meditação) aumento da densidade das fibras nervosas, aumento da mielina. Essas alterações foram notadas na região do córtex cingulado anterior do cérebro, que regula o comportamento. A atividade desta área está associada a várias doenças como o déficit de atenção, demência, depressão e esquizofrenia. As mudanças, nos estudantes que participaram da pesquisa, nessa área do cérebro proporcionou melhoras no humor, diminuição do cortisol, que é o hormônio do estresse, reduzidos também os níveis de depressão, ansiedade e fadiga.
        Pesquisadores dizem que a meditação pode ser utilizada para combater doenças mentais.
"As descobertas desse estudo são notícias boas para todos nós. Se tão pouco quanto 11 horas de treinamento da mente melhora nosso cérebro, essa atividade, acessível a qualquer pessoa, a qualquer momento, nos ajuda a desfrutar de mais clareza mental e estabilidade emocional em nossas vidas", comentou a neurocientista do Instituto de Psiquiatria King's College de Londres, Elena Antonova.
Fonte: www.vocesabia.net/curiosidades/meditacao-seu-cerebro-renovado-em-30-dias/

Dermátomos, o que são?

 



 
Cada raiz nervosa da medula espinhal inerva uma região, na pele a inervação com as ramificações de cada raiz formam campos segmentares cada campo corresponde a um dermátomo, que é inervado por uma raiz nervosa. Os dermátomo encontram- se em superposição. Raízes nervosas são vulneráveis a forças de compressão, tração, a lesões químicas e metabólicas devido a sua estrutura, pois possuem um epineuro, camada de tecido conjuntivo que envolve nervos periféricos, pouco desenvolvido, e não possuem perineuro camada que envolve os feixes de fibras nervosas.

O mapa de dermátomos pode ser utilizado para identificar o nível de uma lesão medular, como no caso da esquiadora Laís Souza, que sofreu uma lesão na terceira vértebra da coluna cervical(C3), que além de se quebrar , deslocou comprimindo as ouras vertebras cervicais abaixo e logo comprimindo a medula espinhal  também, a lesão na altura de C3, compromete do pescoço para baixo a sensibilidade, movimentação musculo esquelética, além de funções autônomas como defecar e urinar e ainda compromete o funcionamento do diafragma, mas acredita-se que a lesão não foi completa pois Laís sente estímulos na parte superior dos ombros e do tórax e sente a região da cirurgia. Abaixo um mapa de dermátomos que auxiliará a compreender porque os médicos acreditam que a lesão medular não foi completa.

Referência bibliográfica: Guyton&Hall Tratado de Fisiologia Médica ; 12ª edição.


                        http://esportes.terra.com.br/infograficos/lais-souza/



                                   Fonte da imagem: http://www.medicalcriteria.com

 

 Fonte da imagem: http://fisioterapiahumberto.blogspot.com.br/2010/10/entendendo-os-dermatomos

 

sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

Divisão do Sistema Nervoso

   O Sistema Nervoso (SN) é complexo comanda, coordena todos os outros sistemas do corpo humano, os nervos que transmitem estes comandos e recebem informações estão distribuídos por todo o corpo, há uma estimativa de que se todos os nervos de um organismo humano fossem interligados por suas extremidades dariam a volta ao mundo duas vezes e meia.
   O SN se divide em Sistema Nervoso Central (SNC) e Sistema Nervoso Periférico (SNP), o SNP se subdivide em Sistema Nervoso Periférico Autônomo (SNP Autônomo) e Sistema Nervoso Periférico Somático(SNS Somático).
 
SNC tem como componentes o encéfalo e medula espinhal, é o sistema coordenador e decisor, suas ramificações que somam 43 pares de nervos sendo 12 partindo do encéfalo e 31 pares a partir da medula espinhal, percorrem todo o corpo se dividem e infiltram tecidos e órgãos. Estas ramificações formam o SNP, este é responsável por enviar informações sensoriais ao SNC e receber instruções, levando respostas ao tecido muscular esquelético por exemplo. O SNA compartilha nervos com o SNP, tendo alguns elementos no SNC e tem sua própria cadeia na medula espinhal, tendo como função comandar órgãos e tecidos dos quais não temos que tomar consciência para que funcionem, como por exemplo coração e manutenção da pressão arterial. Ainda temos o SNS ou Sistema Nervoso Voluntário transmite informação dos órgãos do sentido e respondem com impulsos nervosos do SNC para os músculos esqueléticos, permitindo que se mova o esqueleto, sendo um sistema de controle consciente.
Referência Bibliográfica:
Parker, Steve. O Livro do Corpo Humano 4ª impressão, 2012.
Fontes:
http://www.sobiologia.com.br/conteudos/FisiologiaAnimal/
http://bioensina.blogspot.com.br/2010/01/sistema-nervoso-somatico